domingo, 5 de março de 2017



SUICÍDIOS ELOGIADOS


As dúvidas suicidam-se automaticamente
e os inteligentes e os menos incendeiam
e reconstroem o contemporâneo para sempre
que está para além da conclusiva resolução.
Todas as conversas e palavras que dizem
perdem-se no ar ou sobressaem para outros países
e sempre dizem que podia ser melhor ordem
ao olhar em volta e sentir outros podres
que ajudam a renovar as feridas.
As feridas sentem-se mesmo que sejam
num outro corpo aleatório com as porradas
da aproximação nesta propagação
e digo que já não estou prevenido
tremo com o bem-estar que está a ser corrosivo.
É difícil sair à rua e respirar ar puro;
já é difícil com o difícil a ser difícil no cativo.
A parceria social retoma a querer sociável
para não ser atingido pelos deveres do obrigado
e esquecendo os direitos de quando será exclamável
à petição de princípio em que foi jurado.
As opiniões alargam-se na terra dos lamentos
preferindo em ser o simplesmente
erguendo os braços e de cabeça baixa aos pensamentos
da hipocrisia de uma geração que modificou o ausente.
De força para o Mundo inteiro suspenso
com a lei da gravidade sem parte certa para cair
limitado às aparências de um rigor consenso
perante o estatuto que não deixa de se elogiar.


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