quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017



CONTEÚDO


Vivemos num planeta que nem tudo
se fala passa a ser verdade no conteúdo
a razão está paralela entre a palavra
sincera ou falsa interpretada na fala rara.
Códigos secretos desenvolvidos com o tempo
códigos descobertos protegidos ao mesmo tempo.
O sistema ruiu com as informações aplicadas
como fortaleza das nações poderosas movimentadas
de inocência popular perante as reacções aliadas
no poder global centrado nas convicções dadas.
Separam o trigo do joio nos discursos públicos
o povo é um quadro publicitário dos políticos
apenas querem o trigo e dão o joio ao povo
o país talvez se desenvolva na espera do motivo.
O presente e o passado existem desde sempre
mas poucos sabem como será quem cumpre
o juramento antes de o ser uma identidade
respeitável de honra no seu trabalho de viabilidade.
Queremos honestidade no futuro uma vida melhor
se é merecido o vosso esforço pelo o nosso estabilizador
o que lutamos na rua deixa-nos desinteressado
com o teu ganho e honrado por ter o mandato.




PERFIL CONVICTO


Como dá horas a máquina do tempo
a máquina mais perfeita cria falsidade
com um perfil de outrem identidade
num tempo tecnológico mais perto.
Somos uma sombra de dados espalhados
descobertos à nascença no meio da burocracia
aqui estou eu, aqui estou eu agora influência
analisam se sou perigo com os argumentos.
A minha inteligência diz que sim à união
cada um é aquilo que é nas máscaras
adicionadas ao seu carácter de morais falsas
tornadas figuras públicas dizendo às verdades não.
Deixo um testemunho interrogativo afirmativo
duvidoso esclarecido entendido com o tempo
aperfeiçoado dos erros corrigidos ao mesmo tempo
da máquina do tempo humano de perfil convicto.




APURAÇÃO


O Homem não é só a minha raça
neste planeta circundante de rotação
alinhada de raças com a mudança
no cruzamento entre elas na apuração.
O fim da minha idade é uma glória
triunfos até não resistir mais a contar
vivendo no princípio da vida até à história
de um resumo nos milhões de anos a mudar.
Somos constantes pioneiros a descobrir
o meio-termo entre nações e tradições
fazendo o seguimento marcado de existir
deixo um caminho que aceitas e opões.
Regras deixadas para serem seguidas
como habitual e secretas no crescer das elites
o agora é sempre pouco, o ontem já tem dias
adiantados aperfeiçoados no nascer dos pobres.
Cada voz tem o seu grito que nasceu
dentro de um corpo físico de forças
contra o passado que a fome enfureceu
nas barrigas que sempre ficaram cheias.
A História devia alimentar-se de palavras
as palavras devia alimentar-se da História
igualdade justa com igualdades observadas
no descer para a normalidade da vitória.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016



SOLITÁRIOS


Temos o Dom da palavra imaginada
escrevemos lógicas positivas e pontuais
como nós requeremos ser espirituais
ser revolucionário no sofrimento da vida.
Celebramos um poema por concluído
quando tudo tem um significado intocável
sem mudar no futuro a ideia pensável
ao longo dos marcos históricos, assumido.
Resumimos a nossa existência de saber
a forte convicção de estar certa
na procura da nossa missão incerta
pelo o tempo percorrido a aprender.
Deixamos palavras para ser escutadas
na presença de pensamento emotivos
dizer a alguém o que exprime os versos
qual a sabedoria narrada nas quadras.
Procuramos solitários a forma de pensar
nas metáforas das entre linhas abstractas
rimar os pensamentos em sons de pautas
tens que escutar o semelhante a falar.
Descobre por ti a ligação do fisionómico
a energia de onde crescemos primitivos
desenvolvendo inventos concebidos aos motivos
de uma era uma vez no currículo histórico.




DIGNO EQUILÍBRIO


Sinto a vida prolongar de dia
a noite associa a horizontes sombrios
provocados pelos medos escuros
tolerados na imaginação e na fantasia.
O sol e a lua inspira a vida improvisada
tanto selvagem como de humano
tira o resultado pendente e digno
na sabedoria para não ser enganada.
A ilusão faz de nós um truque misterioso
em frente dos olhos só com os gestos
convertendo-nos aos aparecimentos
por propósitos de um mágico talentoso.
A parte exterior de uma pessoa
recria o dia pela fase soberba.
Perfeito equilíbrio articulado
modificando a separação prodígia
no embate da solene e suposta alegria
escondendo a tristeza do lamento.
Consagra-te na humilde simpatia
no meio em redor da tua imaginação
vê com os olhos o medo da proibição
analisa o horizonte da próxima saída.




SILÊNCIO DE UM POBRE


O meu silêncio é perigoso
transforma-se em palavras
uma vez escritas estão escritas
torna-se um valor rigoroso.
Cuidado com o que dizes
nesta liberdade de expressão
a dúvida não existe na prisão
podes estar referenciado nas leis.
Protecção de imagem indemnizada
o nome para outros têm valor
arrastando até não ter valor
partindo uma história perdida.
O verdadeiro hóspede apodera-se
num vício que todos conhecem
na boca do povo a cura é desaparecerem
e não voltem; a proibição faz ouvir-se.
Alinhem a cultura, o orgulho,
em diante de uma luta desigual
a protecção não é dona do povo vergonhoso
por não ter dinheiro para o cereal.
Lamentável situação levada aos limites
luta até morreres de forças invulgares
conquista a vitória de viveres
aposta na esperança no bom de vezes.




ATMOSFERA


Criei uma atmosfera em volta de mim
uma protecção contra os ataques
da vida do dia-a dia dentro do confim
de uma solução concreta aos sóis.
Até lá vou enfrentar a idade
durar incerto e certo para o destino
qual o vencedor na arena da piedade
um dia chega a minha vez de ser repentino.
Bato três vezes na madeira por superstição
as incógnitas deixam-nos abalados e fortes
na deixa de uma pessoa há a reavaliação
de um motivo que levou outras verdades.
De geração em geração somos honrados
com a nova união de sermos do mesmo sangue
mas de apurado sentido infiel por hábitos
superiores com uma cara de inocente.
Podem escolher as pessoas menos a família
um entre para desabafar o fantasma real
em fazer melhor como amigo e avalia
a forte união que tudo foi uma vida original.
Gostamos de falar dos momentos bons e maus
tentar esquecer enfrentando o medo silencioso
ajudando a resolver as situações dos acasos
aparecidos na consagração ao querer ser orgulhoso.




EVOLUTIVA LIGAÇÃO


Quero desvendar o meu prometido
dentro de um sorriso desinibido
não ter vergonha da minha timidez
que enfrento na idade de petiz.
Sou uma pessoa sozinha de muitas
com o medo da solidão tenaz
apenas livre de conhecer a imaginação
esquecendo os dias frios de como foi ilusão.
Sonho com uma vida mais do que o presente
quero chegar mais longe onde tu apreciaste,
meu espírito, ser real à realidade que opõe
ao meu estado de aceitar as perfeitas ligações.
Possível desejo de conseguir o desejado
da direcção caminhada à procura do perdido
querer a sorte ou o destino, porém é relativo
na conclusão da vida progredida evolutiva.
A educação alinha uma personalidade
descrita de pensamento diferente
à forte união de imaginar o correcto
para a sua vida concebida a um acto.




DILEMA


Há muitas coisas que esqueci
ou o tempo ajudou a esquecer
nesta data que nasci
e o crescimento fez-me ser.
Todos os percalços da minha vida
testaram em mim para avaliar
a força que hei-de ter na conquista
sair oportuno e ter aonde me apoiar.
Estabilizar neste ciclo de gerações
alinhadas para desenvolver o ego
de uma multidão perdida nos iões
com a energia adequada seja certo
ao motivo do meu parecer dito
a verdade é a sincera no prometido
debaixo de uma pressão no obtido.
A análise tirada dá-se como
uma proposta de escolher a sorte
num jogo a arriscar que tomo
por adversário num dilema de porte.




REALISTA


És um jovem simples
de t-shirt e jeans
escutas o redor da tua voz
um dia vais ser veloz.


No caminho em frente
querer mudar o presente
de revolucionária geração
ideias novas a criar acção.


Ser mais um civilizado
com regras do educado
as sombras são poemas
que um dia ainda recordas.


Uns vai outros vem
na semente de uma vagem
escolhendo o mais forte
para a batalha do nobre.


Foste roubado para lutar
com palavras a acreditar
no sentido contra o poder
de ganância a crescer.


Monopólio comandado
por um patrão organizado
no obscuro de total
clareza de memorial.


O Mundo não dorme
o capital imprime
o fraco valor bolsista
não ter nada realista.


Fomos ao fundo juntos
na frase sermos unidos
quem salva da bancarrota
conseguir vencer a derrota.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016



MANIFESTAR


Tens que fazer coisas
para demonstrar o que sabes
nesta invenção das nossas vidas
elaborar o pensamento de saberes.
Vingar o futuro de cada dia
o imprevisto faz-nos ser fortes
na luta da sobrevivência
demarcar os territórios presentes.
Estar no mesmo sítio sem mudar
o rumo de um percurso abstracto
imaginações alinhadas a tracejar
a minha idade a cada acto.
Somos selvagens nesta selva a educar
a civilização de bons costumes
nunca leva a extremos a manifestar
quando tiram o abrigo das liberdades.
Até onde vai esta situação precária
os apoios vão se esgotando a dar tudo
a tomar posse por quem nos oferecia
um conforto soberano a ser resolvido.
Tudo tem um fim de ambas parcerias
favorecendo um a mais que o outro
obter a longo prazo as regalias
de um acordo deixado para o futuro.




CONTÁGIO


Fazemos por ser felizes neste abrigo
a vida perfeita não existe aqui
o sofrimento toma conta e retribui
um sofrimento ao outro por contágio.
A felicidade é emitida com sorrisos
escondendo a tristeza da dor
temos a raiva para lutar o ardor
que a vida planeia em dar-nos.
Evitamos alguns problemas
procuramos a forma em resolver
o imprevisto que irá acontecer
no percurso das histórias narradas.
O ânimo volta a ser observador
no entre das grades da solidão
e da frustração pela solene prisão
que a sociedade transmite de salvador.
Somos uma percentagem desafiadora
ao futuro existente da nossa presença
comandando o rumo desta aliança
envolvendo uma inocente ditadura.




FLORAIS


As tradições celebram-se
com tradições do povo
na televisão que revoltam-se
com imagens do imperativo.
A sua voz é lamentada na notícia
dos lugares ausentes e esquecidos
o actual lugar é a política
desenvolvem a economia dos fracos.
O que é aprovado não volta atrás
o povo vai sempre em frente
colaboram com leis sem saber o que trás
nesta combinação com a pasta na patente.
Registam o feito de uma obrigação
com o representante de que devem falar
por este abismo por este fundão
indigna-te como cidadão a apelar.
Andamos na andança da instabilidade
o futuro é o segredo dos habituais
cargos ocupados por colectividade
outro ramo cresce de iguais florais.
A tendência é seguir o actual
querem inovar dar esperanças
para um imaginário irreal
de promoção às suas campanhas.
Somos absorvidos sem rescisão
o barco não pára para manutenção
apenas espera a renovação
de um candidato à campanha de eleições.




SEPARADOS


Podemos explicar o mesmo assunto
diversas vezes sem tirar o original
de cada ideia que concretiza o dito
a base suportada na narração do qual
escolho palavras em ser diferentes
temas de mudanças ao inverter o poder.
o pobre recebe a Bíblia dos crentes
ao rico dá-se o código civil para se defender.
São os livros das prisões separada por escalões
boa prisão distinguida o pedinte está no crime
justiça desigual perante os mesmos delitos
a lei tem outras leis que no gatilho prime.
O lucro é para alcançar a fortuna sozinho
deixando para trás o favor favorecido
ninguém leva preso quem fala bem com o vinho
mas o miserável já é considerado perigoso.
A corrupção capital e o crime organizado
envolve muita gente alguns para ter o pão do dia
não tendo uma justiça com igualdade no todo
talvez já pensassem por onde pagaria.




ESQUEÇO E FINJO


Cada país tem uma política
somos a imagem de fundo
servindo de oposição à música
que vimos na Internet do medo.
No filtro faz-se a base da notícia
esprememos os vestígios deixados
mas a mentira é vingadora à razia
gravadas nos suportes rígidos.
A verdade é sempre descoberta
ficando o mito de um acontecimento
alerta a informação encoberta
analisada nas origens do nascimento.
Apaga a memória faz a lavagem cerebral
eu esqueço e finjo que não interessa
é perda de tempo ou lucrativo cereal
trocada por um aumento da esperança.
Dívida de corrupção numa crise financeira
como vamos esquecer a austeridade
inventada como solução discutida na cimeira
de um único poder capital para a estabilidade.
O aumento aumenta e diminui a bolsa
a estatística engana o valor verdadeiro
o tempo é dinheiro não dorme e compensa
atenção uns ganham outros perdem primeiro.




CARTAS


O jogo das cartas tira os fracos
do adversário mostrando ao jogar
é uma probabilidade através dos números
ilude a sorte de ganhar contra o par.
Sequências de um constante seguimento
de voltar a repetir por tanto perseguir
no passo em falso de um entendimento
que tudo vai e tudo vem ao corrigir.
O meu jogo é guardado com a idade
de envelhecer até ao destino da despedida
pode ser tudo conveniente à personalidade
a enfrentar o bluff da cartada.
A aposta da vida faz as decisões
o presente vivesse e o futuro pensasse
no nascimento complexo das reflexões
para uma conclusão suportada do "se".
Opiniões diferentes no mesmo jogo livre
na vez tentada em confrontar a luta
quando é a minha oportunidade sobre
a conquista de sonhar a frase batida.
Escuto a minha vocação a ordenar
a inspiração numa rima a entender
o sentido do pôr-do-sol a findar no luar
solitário pensamento conformado ao ler.




CORAGEM A RESOLVER


Vamos conhecendo as pessoas novas
durante a fase de estar cá
a história é as histórias das histórias
lembramos que vivemos onde está
a memória escrita ou falada.
Estamos presentes na descoberta
de existir e como foi a nossa chegada
neste Mundo de onde partimos na data.
A presença é abstracta sem previsão
dirijo a concorrente em estar preso
nesta força de largar a solução
de reagir o meu jogo que arrisco.
Dou por mim no vasto ajustamento
conduzido por um juiz que precavem.
Assim se passa a lei do mais forte
alinhada nos alinhavos da roupa
os parecidos sapatos da pessoa pedinte
o pão e o vinho vem de quem poupa.
País pequeno de grande corrupção
tens que ter audácia para viver
esta é a sobrevivência de ladrão
a tua oferta é excessa de resolver.




QUANDO?


Quais são as palavras adequadas
para mudar os direitos e os deveres
que obrigam a cumprir as leis
as normas por os políticos são assinadas.
Explica-me como sobrevivo neste país
com esta oportuna democracia "fascista"
revoltada pelos interesses do capitalista
em aumentar os escalões de nome dos quais.
Simples vida de tormentos vividos
é a imagem do pobre na infeliz presença
de uma mudança esperada na bonança
depois da tempestade dos corruptos.
Pendentes numa absolvição do xadrez
enfrentando face-a-face em ser o mais forte
a rivalidade tem sempre lugar resistente
o poder é grande levando à rigidez.
Nada é inquebrável apenas o nada
a voz da palavra é alta demais na absolvição
nalguns casos a demitirem-se de mão dada
com o Estado prometendo uma renovação.




CRIME DE JUSTIÇA


Os reflexos são preciosos à reflexão
as palavras não podem ser repetidas
na forte convicção de acreditar no refrão
de unir o pensamento à força das batidas.
Contestamos a opinião de nos roubar
o mealheiro de meio século conservado
de resistir na hibernação no partido a votar
obtendo imposição para entrar em reservado.
A educação está de mal de saúde cultural
sofre de amnésia a cada nome que chamou
por números calculados e falhados no aval
da obra estatual incerta onde prejudicou.
Dívida com poder económico burocrático
os juros faz parte da percentagem combinada
pelo orçamento insuficiente à realização do pacto
prometido como acção social com verba pública.
A pressão aumenta em aparecer o bom resultado
perseguida pela austeridade criada pela crise
contentamos com os cortes até estar configurado
a estabilidade de conseguir o que sabe e frisa.
As leis são para todos com diferentes julgamentos
a imagem defende a posição de estatuto firme
quem vai preso é o mais baixo enchendo os olhos
abafando a notícia preenchida com justiça do crime.




BATALHA DE PASSOS


Pensamos no pior quando são retiradas
as nossas forças de caminhar e decidir
as emoções, as fraquezas, o conseguir
correr contra os passos das batalhas.
O meu acreditar é sereno e pacífico
um poder encorajador aos males
que invejam o sentido dos viveres
da minha inteligência, sacrifico.
A nossa existência só nós fazemos
libertamos uma energia num corpo físico
as histórias ajudaram a desenvolver o Psico
em ter uma condição de resolver os ermos.
Incorporamos a alma através de uma visão
usamos a realidade e a imaginação nativa
neste círculo rotativo do passado que encarava
diante de uma fortaleza, a sua compaixão.
Estamos aqui para melhorar a alegria
de um revolucionário povo unido
orientado por um futuro de um passado
de agir perante as alternativas da ira.
Esperamos calmamente a sugestão
aceitamos a decisão dos governantes
até onde vai-se aguentar os cortes
no plano de crescimento de um acórdão.




REVOLTA DO PERIGO


No silêncio o perigo corre desorientado
as pessoas são sistemáticas neste Mundo
manipulam a realidade entre o perfeito
a verdade recria-se por absoluto.
Tudo é um negócio de troca de valores
nada é de ninguém, apenas jogadores
no olhar nas tabelas de olhar esperto
nesta crise de parâmetro faculto.
A pobre pessoa vive numa mentalidade
prometedora de um dia descobrir a liberdade
renascida na revolta de uma vitória
sobre o poder poderoso que comanda a pátria.
Dinheiro para adquirir bens
vendendo o património aos reféns
das dívidas que em nós estão a embargar
no seguimento de preços a aumentar.
A voz vai ser ouvida e renovada
para um futuro de consciência
para um molde de estatuto firme
a esclarecer o motivo do crime.




RESPEITO


As defesas e os ataques são armas
desenvolvidas conforme o conceito
de manusear conhecendo as fronteiras
do inimigo que procura qual o jeito.
Espero a reacção imprevista
combato as iniciativas por acautelar
enfrento os olhos fixos em mim à vista
a combinar o plano para desorientar.
Jogo psicológico sem cometer erros
o oposto está pronto a atacar solitário
ganhar o seu respeito aos servos
nunca estás só neste país primário.
Os pontos são controlados à distância
somos a sociedade a circular protestos
ou aprovações do sistema ser de ganância
avaliada em mostrar os dignos respeitos.
A minha infracção é diferente à justiça
as cadeias estão cheias de pessoas parecidas
a um outro momento de diferente ameaça
as quantias comunicão melhor as audácias.




MORTE DOENTE


Vivemos numa instituição capitalista
reservada ao lucro futurista
movimentando as pesquisas financiadas
para a patente das novas fórmulas.
Testamos drogas com efeito secundário
a surgir outro mais forte e mais operário
o planeamento de saúde renova
a ligação do sistema da propaganda.
Giramos em torno do mesmo objectivo
adiar a morte doente de um alívio
a cura ninguém tem autoridade a aprovar
por um melhoramento a inovar.
Está ao nosso alcance saber a verdade
que alimenta vícios deixando pendente
neste mundo natural sobrevivido
por pragas e pestes num natural remédio.
Movimentam coisas novas a estudar
levando-nos acorrentados a mudar
nesta oportunidade de viver livremente
somos manipulados politicamente.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016


FILHO DE UM RACIOCÍNIO


Estes poemas são os meus filhos
fecundados pela caneta e pelo papel
paridos no intelecto dos raciocínios
chorando quando quer ser audível.
Transmito uma mensagem analisada
a um argumento do mais natural
penso no que vou escrever de fachada
consoante o espírito sentimental.
A realidade dialoga na ilusão da civilização
através de palavras cruzadas inéditas
ao ler, ao pensar, o que serve de salvação
pelo o acto mais devastante das colheitas.
A mim é uma parte minha transmitida
deixo as minhas letras só à existência
procurando uma conclusão compartilhada
num estado singular na vivência.



ESCRITA


A escrita deu-me uma visão desconhecida
narrada numa vida prolongada
deixar uma mensagem do meu espírito
para o estranho caminho do conhecimento.
Encontrar-me na ausência da imaginação
levar-me palavra a palavra de posição
em libertar uma energia em torno
do imaginável pensativo e uno.
Realizo uma viagem por entre o abstracto
concebido aos meus olhos de espanto
de ter algo em dizer como fonte inspiradora
em meu ver a elaborar a parte transmissora.
Sinto a clareza da minha pessoa original
passo a razão da vontade sentimental
coordenada numa rota habitada na mente
preenchida num espaço visível ao proveniente.
Partilho uma opinião com o devido respeito
triunfando um objectivo louvado de afecto
por uma voz divulgada a uma leitura
do meu pensamento a decifrar a partitura.



SUBSCREVO


Determino a força de sobreviver
contra os ataques da vida constante
delinear os traços a escrever
a luta psicológica de um estudante.
Faço-me entender nos meus poemas
erro e ensino o que não foi dito
subscrevo uma nota de paradigmas
de uma situação do resumo inédito.
Sei qual o meu valor comprometido
desenvolvo a minha comunicação
na procura do meu estado de espírito
para ler e analisar a minha devolução.
Sentimentos meus entrelaçados nos versos
dando a conhecer a minha pessoa
no global de viver no reverso
de tudo o que fiz ao som que entoa.



VOZ DE PAPEL


Sossego o meu pensamento
neste espaço circundante
abrigo o meu ser ao tempo
na imagem permanente.
Prendo a voz orientadora
no caminho que hei-de seguir
sem esquecer a pegada prometedora
no passo que levou a repetir.
O pensamento ecoa na voz
parte as barreiras desafiantes
ali deixadas para dificultar a nós
os objectivos são os nossos limites.
O abstracto faz ser imagem nítida
do amanhã a alvorecer contínuo
sem saber se fica nebulada
a forte razão que ninguém é nulo.
Conto como 1 e pergunto o porquê
as palavras definem o gesto conjuntivo
no estatuto da vida à mercê
de um diálogo de modo construtivo.
Desintegro-me em partículas
abreviadas para tornar a renascer
algo ao meu bem-estar por conversas
escritas no papel por escrever.



UMBIGO


Encaixo as palavras numa pirâmide
de coisas explicadas no papel
alinho numa direcção frequente
proveniente da situação de cinzel.
Penso no que vou escrever espontâneo
sem matéria definida e projectada
parto em busca do seguimento neo
sem moda ou vaidade habitada.
Tenho este Dom como amigo
desenvolvo a amizade susceptível
ao reconhecimento pelo umbigo
a ordenação passa por admirável.
Delineio a ideia da própria lógica
dou o testemunho para alguém
a querer aceitar a luta psicológica
de saber entender o outro desdém.
Apago a memória viciada
dentro da bola de cristal como existisse
a certeza definitiva embalada na balada
procura a paixão por quem definisse.



ESCRITA APARENTE


A minha escrita tem um poder
em mim quando leio mais tarde
faz-me pensar profundamente
na inquietação ao adormecer.
Estranha piedade periódica
ao salvar num papel em branco
a dita e a desdita do irónico
que escapa às leis da política.
Não se pode salvar a aparência
mesmo que a cura seja a juventude
cara lavada em água suja e mole
apagando o dia de ontem pela presença.
A imagem é definida por regras
os costumes são escondidos como maus
a reputação tem os olhares presos
a negação resulta na soma das palavras.



EXPERIÊNCIA DIANTE


Temos sensações estranhas e esquisitas
quando o espelho reflecte a imagem
a olhar em nós e escutar as palavras
diante de um exemplo relativo ao desdém.
Descrevo a tentação por experiência
protegendo o hábito de aprender
a forte relação entre a existência
o resultado transmite o que foi a querer.
As minhas afirmações podem ser repetidas
para ouvir sempre as correctas incógnitas
a levar-me diante de longas conversas
dizendo a frase por perto de outras ocultas.
Aprendo a respeitar a moral de uma filosofia
a nascer dentro de mim e pôr fora o suposto
num escrito por estudar a forma de poesia
a soltar-se do pensamento para o disposto.



GRUTA TEMPORAL


Tenho necessidade de escrever prosa
numa maneira delicada e crua
interligar com o que se cruza
diante da face temporal da rua.
Eco o som em duplicado
dentro da gruta sem voz e ouvidos
a ressonância equivale ao chamado
da própria voz nos dois gritos.
O que digo e o que oiço é diferente
ao que escrevo por ritmo definido
solto o meu fluir em algo adjacente
no pensar do conceito pré-estudado.
A improvisação surge naturalmente
na capacidade consciente do surgido
na próxima quadra próxima do levante
coerente de ela própria ser testamento.



RIMA


A minha maravilha é escrever
coisas maravilhosas por escrever
digno de um respeito e um amor
compreender o fenómeno esclarecedor.
Tenho esta liberdade de imaginar
a rima a transparecer a improvisar
na solene verdade sobre a filosofia
abrevio as letras para uma sinfonia.
Só as minhas palavras faz-me lembrar
sinto o argumento que vai relembrar
as fontes inspiradoras do meu ego
transportador de uma veia no elo.
O meu valor está por definir
a soma do meu resultado a descobrir
a minha procura é grande e muita
desenvolvo a sintonia estudada.
Digo ao meu ser, o que é ser absoluto
neste labirinto de palavras no pensamento
os motivos são mais que escritos
para lá dos pensamentos profundos.



MAGNETISMO SINCRONIZADO


Esperamos que o tempo passe
nas horas infinitas da solidão
procurando uma forma que ultrapasse
o menos bom dentro da imaginação.
Um significado compreendido
por naturalidade no âmbito humano
prosseguido por um ser desenvolvido
a ascender o envolver ânimo.
Respostas abstractas definidas
à complexidade da emoção
contida nas origens ocultas
a defender o medo da protecção.
Sinais profundos e sincronizados
com as palavras de uma lógica
que nos leva a acreditar nos egos
 de um presságio no global da mística.
Respeitado fôlego dentro de nós
suspirado no alívio dos prodígios
atraídos pelo magnetismo dos pólos
originando a força dos vestígios.



PRÓDOMO


Muda a viagem longa
parte na procura distante
alarga o teu horizonte
da estranha signa.
Descobre os limites de ti
transporta o conhecimento
na magia do pensamento
para o caminho em ti.
Regressa sempre para pensar
a forte condição de existir
num corpo que leva a partir
numa outra direcção de sonhar.
Errar faz escolher o instinto
dentro da sobrevivência
e da destruição da vivência
a enfrentar o suposto projecto.
Em nós cresce um rumo
sob a orientação de palavras
e imagens ordenadas
no crescimento do pródomo.



AR INFINITO


As pessoas imaginam
como não existissem
fazem aquilo que pensam
ao que as ideias dizem.
Fazem a própria viagem
dentro delas neste Mundo
de janela aberta ao pajem
libertado pelo o ar infinito.
Desenvolvem o instinto
observador e ágil
por qualquer movimento
oportuno ao ser versátil.
Dominam o rumo procurador
da existência de algum poder
abrigador da consciência pela dor
enfrentam a claridade do entardecer.
Força inspiradora combatente
debatida na luta do dia-a-dia
em levantar a moral pretendente
no juízo da mente que se vazia.



LUZ INTENSA


A vida é uma luz intensa
proveniente de cosmos galácticos
iluminando a existência
da descendência de nós próprios.
Um oásis perdido no deserto
com as raízes ramificadas
no lugar fixo do nascimento
descoberto nas ordens pagãs.
O mistério é incógnito ao estudar
o centro pesquisador e avançado
da nossa origem ínfima a revelar
até ao estado desenvolvido.
Existe algo para nós existirmos
no conjunto da composição
o mistério reúne-se em sermos
descendentes de longa duração.
A História faz-se pela concreta
imaginação conforme a crença
habitada na frase de um profeta
a ciência revela a parte inversa.
Só sei; que o meu corpo é feito
de matéria cruzada em forma
de pessoa aperfeiçoada no elemento
a originar o complexo xamã.



ESTÍMULO


Os rios encontram os oceanos
as nuvens viajam com o vento
a Terra gira entre contornos
em torno do fogo imprevisto.
São os quatro elementos
próximos da nossa Natureza
por recriação aos antepassados
na matéria cruzada de riqueza.
Da água vem a nossa purificação;
o sol o nosso Pai; a lua a nossa Mãe;
o vento a nossa respiração;
a terra o ventre da nossa existência.
Daqui somos. Vivendo cada século
de momentos duvidosos e esclarecidos
através de umas palavras de estímulo
para a nossa crença ser os prestados.
Só a mim é benéfico para lá da história
abandonando a ilusão de ser igual
o que a maioria acredita à primeira
nesta farsa da Existência ser paroquial.



SUPREMACIA


A dor desaparece com o sofrimento
na breve vida dada ao nascer
separando o receio perfeito
do próprio desejo a conhecer.
Maestria de criar o suposto Mundo
acreditando nos olhos "verdadeiros"
a escutar o argumento combatido
na mesa de uns senhores milagrosos.
Oradores da supremacia palavra
acolhendo um conforto interior
de injúrias por traição macabra
derramando o sangue de um criador.
Somos seres omnipresentes antigos
habitados em milhões de descobertas
alinhadas na linha dos protestos
dependendo das crenças perfeitas.
Filosofia indescritível de uma moral
de ser inteligente em ser concreto
o facto de sermos unos e parcial
nos cinco sentidos levados ao concreto.



SABER ENTENDER


Todos nós gostamos de palavras
umas mais benignas do que outras
todos nós gostamos de palavras.
Falamos e escutamos conversas
distantes e tão próximas do entender
a explicação por diálogo de contacto
progressivo ao saber entender
cada ponto cada vírgula por acto.
Em partes faz-se uma história
os capítulos são pormenores curtos
decifrando a obra que é como história
o resumo são curtas palavras de diálogos.
Quem está dentro da pele é que sente
a ferir e a curar a usar sem termos
apenas por grandeza ao que sente
no ponto fraco a supor por ermos.
A força de invocar tem um poder
dado como absoluto às palavras.
Dão um outro significado em forma de Fé
que acreditam pelo que sentem ao comparar
o bem e o mal num estado de uma Sé
orando para combater demónios a curar.



ESTUDOS


Analfabeto para o Mundo
que sabe escrever e ler
aprende a ver o oposto
de tanto estudar e dizer.
Prolongada linguagem
inovadora aos longos estudos
recriando qualquer origem
nos programas reproduzidos.
Estar atento ao progresso
sem deixar-se ultrapassar
pela rapidez do regresso
no estágio a alcançar.
Não parar no tempo
caminhar no seu ritmo
deixar de ser analfabeto
ao propósito do seu estimo.


VERDADEIRO DITADO


As coisas têm o seu lugar
tento pôr por ordem ordenada
inteligência mortal de errar
comparecência dada como dada.
A inovação surge com o futuro
para alear com o sucedido
o rumo é incerto como prematuro
ao tornar-se improvisado.
Tudo o que tenho de bom e mau
deixa-me ser eu mesmo perplexo
com o rasto deixado na ocasião
olhando o rosto por um reflexo.
Decorações no meu olhar
ser o mais feliz possível
nesta vida de obstáculos a enfrentar
regressar e partir para o visível.
É demais conquistar o imaginário
a fama chama o sucesso predefinido
no auge da ribalta do conselheiro
a definir o verdadeiro ditado.



QUEM LÁ VEM


A minha vida é feita de contornos
dentro de um labirinto codificado
aos próximos hábeis pensamentos
que lembra o código de outro lado.
Segredos que escondem a verdade
numa proposta de igualdade coragem
alinhada em paralelo para o embate
de uma frase a dizer quem lá vem.
Dar a volta ao cumprimento de rotura
imparcial opinião pelo o conjunto
da breve reacção quando perde a maneira
no discurso liberal ao acordo infinito.
Há momentos bons e maus nesta vida
confrontos e harmonia enriquecendo
a própria compaixão aberta e escondida
nas vozes dos rumores de outro entendido.
As provas da admissão são imaginárias
palavras ditas em rancor amigável
comprometido em troca de teorias frias
impacto respeito perante o hábil.

 

RECRIAR OLHARES


Há medida que ficamos
mais velhos afastamos-nos
somos mais frios como túmulos
fechados para nos recriarmos.
O calor regressa de longe
no cumprimento de boas-vindas
as raízes secam nas terras
procurando outra semente.
Estar sozinho no meio das espécies
fechar o valor e o conhecimento
em alguém que não tem sentimento
perdendo as profundas emoções.
A vida é resumida a pedaços
de um puzzle de código
escritos no presente dos momentos
em perguntar pelos passados.
Sorriem como antes sorriam
as palavras não são as mesmas
os olhares interrogativos e incertos
quando o meu nome está na multidão.
Devolvo a intenção de pôr de parte
a amizade não dá para ter amigos
é desconfiada e cruel nestes círculos
só a minha pessoa a mim é preocupante.


sábado, 30 de julho de 2016



OFERECER E ACEITAR


O menino lindo também é pobre
a menina rica também é ingrata
as pessoas misturam-se por nobre
na parte de fora de um aristocrata.
Demonstrar o que queriam ser
poder fazer e ter o olhar permanente
ter tudo e não ter nada para viver
oferecer e aceitar tornasse diferente.
A suposta Luz abre-se perante alguém
da mesma forma que a aceitarão
desenvolve uma sequência do além
a motivação nasce por recriação.
Nada está acabado em concretizar
a finalização nunca tem fim
o inimigo volta sempre a espreitar
quando está a um passo do fim.
O meu sorriso em muitos é perturbador
uma inteligência incerta de decorar
a escrita apenas foi um Orador
uma dignidade para quem invejar.
Apenas sou natural na minha presença
a contentação fica guardada até sair
apenas te quis a ti em medir a minha força
a certeza de cá estar e de te sentir.




ALIMENTO SUPLEMENTAR


Não quero ser uma cara de estrela
a olhar para o futuro. Fujo
às primeiras páginas que me transporto
no dia-a-dia. Imagino uma sequela
omitida dentro de mim;
também, está no inconsciente em ti;
por isso és tão importante como o clarim
a tocar dentro de ti, sem notar o som si.
Aprendo a conhecer pessoas a dizer algo,
em que, instrumentaliza a minha vida,
alimento suplementar que difunda
outras origens, a transformar diálogos.
Não importa ser-se "amador" ou "profissional"
todos também erram, todos também são valores;
aliás, grandes inventos vieram dos pobres
inventando os seus objectos de modo artesanal.
Enfrenta-te como me enfrentas e descobre os resultados,
tira uma conclusão de ti no teu contínuo,
apenas tento dar o melhor como ser humano.
Sigo várias imagens nos seus passos passados.




OUVIDO LIBERTADOR


Quero ser quase tudo nesta fantasia
com a alegria nos olhos
dizer o que imagina
nos recortes de um papel oculto.
Ver o Mundo movimentar com o tempo
esquecer os deveres obrigatórios
deixar cair um dia morto
renascer e escrever imaginários.
Ouvido libertador pela presença
de empenho incerto de um sonho
reservado a um tema de criança
invejando o seu natural profundo.
Pelo conhecimento de mim próprio
do meu Universo abstracto
ainda por descobrir o solidário
que me faz ser comparado.
Rodeia-me elementos transportantes
para o jogo do vai-vem
onde a vida se pronuncia presente
nesta rota por ela embevecem.




VIDA E MORTE


A morte pode acontecer a qualquer minuto
as minhas palavras nunca levarão
o resto não sei no qual faltarão
nesta aventura de tempo imprevisto.
A memória é mais presente do que o passado
rápido instante de existir sem presença
mais forte que o poder reserva
a cada agitação de um gesto esquecido.
Programo o destino no caminho mais longo
na fúria de viver e morrer a única certeza
enquanto vivo e o resto é só uma proeza
alinhada no momento guardado no monólogo.
A minha vida ninguém a faz atrasar neste tempo
mesmo escolhido por outros por destino
o meu presente é assustador ao digno
desta cara não te esqueces até ao antigo.
A vida e a morte anda lado a lado
a dúvida persiste como vai ser a morte
o último sofrimento da certeza consciente
quem vive sofre mais com o reunido.




ENERGIA


Ando às voltas de voltar
com uma conclusão ao ser tudo
é bom, desde que, não a forçar,
ao ser interrogativa esta forma de estudo
tornando a vida solitária e penosa.
Procuro sempre quem me indique
para não ir a pique nesta prosa,
assim acontece, assim fique,
claro, tudo nos acontece aprendesse
a caminhar seguro com os erros.
Às vezes penso como não sentisse,
a pele a sobressair dos poros,
por coisas iguais e idênticas
com energia negativa e positiva.
Procuro a sintonia dos erros das formas
causais, da arquitectura da ogiva
entrando em conflito psicológico
com remorsos a afins de personificação.
Deixar-me cair, e levar-me pelo rio longo
até encontrar o instinto na pré-lotação.




FACES


Todas as vozes na minha cabeça,
são ideias, imagens e tudo o resto,
ajudando a suportar a ameaça
do precedente, de melhorar tudo isto,
sem poder explicar à alternativa.
Escolher o momento cuidadoso
de atacar e defender com a vida,
ao grito de guerra silencioso.
Apoderar a conquista dentro da batalha
pela imagem que represento
sem argumento fixo, com a falha,
das várias faces em que sou composto.
Excêntrico, egocêntrico; extrovertido, introvertido;...
Tentar expandir a energia total acumulada
à mais próxima emoção prolongada de sentimento
sentir o abraçar do abraço da amizade.
Generoso e emotivo do conforto que me deram
na troca da moeda, propositada ao agradecimento
do retorno ao gesto simples; e nunca esquecerão
a presença da sublime apresentação do fragmento.




POSTURA


A minha vida é um cálculo sem resolução
no qual, afirmei as minhas decisões
e em outras opus-me ao que servia de atracção
às incógnitas com determinações.
Tudo e pouco foi retribuído,
por aquilo, que se vive progressivamente
e o desenvolvimento será merecido
nesta oportuna oportunidade.
Conquistei conquistas, sonhei sonhos;
mas nunca levo o que cá deixei
sem nunca me pertencer, apenas foi vivido
por algo que fez ser supérfluo pelo que vivi.
Para quê mudar se está tudo avisado
toda a imaginação esconde uma opinião
talvez venha alguém para ver o resultado
por fim a experiência tira uma solução.
Sou um exemplo ao olhar alheio
reflectindo na imagem que me faço conhecer
à incógnita sem liberdade como meio
de apresentação a quem quer ver.
O suposto é mudo com o silêncio
dialoga num termo imaginativo
julga a imaginação do silêncio
um poder de inventar o imaginativo.




ROGO


Criamos um poder nas nossas mentes
que simboliza, que retrata em forma de crença
um poder que ultrapassa os limites
a alcançar iludido a aparência
confraternizada pela esperança desafiadora.
Devolvo-te o conceito que me forma
em pessoa nesta atitude prometedora
por ser simplesmente a divulgação de uma chama.
Guarda a fé interior que nasceu contigo
e transforma numa verdade para ti
questiona-te e responde em busca do amigo
próprio a servir o teu pensamento por aqui.
A minha crença é a proposta de um jogo
até à vitória de conseguir conquistar
a paz interior a harmonia do meu rogo
sobre a minha pessoa na procura de estar.
Enterro o complexo de inferioridade
ao ser comparado por uma certa inteligência
que vendeu a alma ao diabo sorridente
sem valer de nada para a minha vivência.
Tudo o que me rodeia é relativo para o que vou ser
o que preciso para mim e por fim posso abandonar
fazendo-me forte na rejeição e no querer
com os sentimentos que faz habitar.




RELÓGIO ANTIGO


Acertei o relógio com um relógio antigo,
as recordações vieram à toa; de lembrança
senti vontade de recolher para o abrigo
dos atenciosos braços abertos, de façanha.
Silêncio perpetuado de excitação
controlado pela serenidade existente,
encontrada na fúria e no amor; então,
talvez esteja um pouco perseverante.
Insisto em ser o mais possível, em ser,
de firmeza pegada com a alma gémea,
recordar o doce, o amargo, que há em ser
dentro da imaginação, e por fim atea
uma brisa que passa entre nós.
Nada é estranho a não ser o tempo corrente
normalizado para descobrir os tons
das originais horas, dos breves dias coerentes.




SEM TÍTULO


o coro inicia

Fomos demarcados
nesta bancada em meia lua
onde contam todos os segundos
cronometrados nas palavras oblíquas.

o coro surge

A imagem do povo de vez em quando
vem à memória numa imagem filtrada
nas águas como isco para o predador
para a sobrevivência adaptada.

o coro surge novamente

Ao centro do semicírculo, mudo e cego,
nas palavras escritas ao ser ouvidas
inalteráveis as suas formas de posicionamento;
ora de frente, ora de lado, ora de costas.

o coro intervém

És a bancada envernizada
para que não haja xenofobia
nas classes de diferentes derivadas
capacidades humanas-"fobia"-.

o coro acautela

Para que também não haja
um sequestro anónimo
traumatizante, ao ouvir de beijada
servindo de resolução caótica.

a conclusão do coro

É claro que não é por mim
nem por ti, vamos alterar
a função do clarequim
prudhmmesco de avaliar.




VIRA-CASACAS


As afirmações e os reconhecimentos
da tua imagem estão a desaparecer
dentro de um poço profundo
num desespero de gritar a todos
em seu auxílio para inverter
o conselho esquecido e perdido.

O orgulho desprevenido organiza
traição ao mais pequeno erro
contra toda a contradição
quando a parceria encruza
na opinião de se tornar meandro
para com a comparação da constituição.

O teu nome já não é tão facultativo
à poderosa versatilidade confidencial
contigo arrastaste a suposta credibilidade
depositada em ti ao motivo afirmativo
exaltando todos os gostos de forma cordial
ao palavreares num "português" meio diferente.




EXEMPLO


Os criminosos e os inocentes
estão em todos os lados presentes
só que uns são condenados
e outros abolidos.

Justiça cega de justa justiça
abrangida de uma causa postiça
os dedos apontam ao mesmo
sofrendo o nervoso espasmo.

Quando apontares aponta a um
que tudo diz que é algum
de força sem medida a ter
dum passado que faz esquecer.

Estando dentro da corrupção
proporcionável à reacção
num fechar de olhos discreto
alertado pelo o esperto.

A culpa é da giratória transitória
abafando a verdadeira história
que pensamos iludir abertamente
para fazer conhecer aparentemente.

Deixa estar que eu meto uma cunha
por seres diferente da escumalha
e a tua será o aperto de confiança
sortida para uma aliança.




PREÇO SEM FIANÇA


É difícil de aceitar a inocência
de um condenado inocente
preso à liberdade coerente
preparado para um julgamento sem fiança
com juiz rigoroso à lei.
Não podes mentir, nem podes dizer a verdade,
do que és acusado, e nada fizeste.
Só tens de dizer "que seja feita justiça com a lei".

Quem paga o que não tem preço.
Quem recolhe quem nunca recolheu.
Quem agradece quem nunca agradeceu.
Quem traceja o que não tem traço.

Posição inexplicável ao pensamento
com a verdade sem mostrar uma imagem
para o desconhecido sábio da mensagem
do desespero, para o concreto,
lembrar para esquecer o que foi doloroso
sem confiar em ninguém por perto,
ignorando a voz protectora do acompanhamento
odiando as palavras de consolo.

Esquizofrénica solução para a realidade
potenciada para o que não quer ser
com as sombras da memória de poder
conter uma ajuda para a versatilidade.




ARREPENDIMENTO


Acham pena aos ratos pequenos
não te esqueças que vão ser grandes
para ter mais ratos pequenos
de que não gostas quando são grandes.
Em praça pública vem a notícia
pagando um preço do sofrimento
justo ou não causando a uma família
apenas ficou o arrependimento.
Macabra situação assistida na pele
às vezes de sangue virgem
nas lágrimas de um choro dele
a realidade é tão próxima da miragem.
De noite é escuro e de dia tem luz
qual a diferença da vida memorizada
tendo sempre um túnel com luz
posta em liberdade na prisão memorizada.
Ficando sem espaço com tanto lugar
o teu esforço e o teu lucro conquistado
pelos objectivos em frente ao teu olhar
no arrependimento que eu não acredito.
Longe disso até nunca recordar
a morte é eterna a pena alguns anos
a liberdade não sabe recear
por dentro do crime que cruzamos.




MÍSTICA


A forma adequada não existe
é o relativo do acontecido
sem poder viver sem culpado
a transmissão recorda e persiste.
O agora há a continuação futurística
sem idade para acabar até um fim
a demora não tem horário até ao fim
pelas emoções unidas em torno da mística.
A existência comanda a vida
deixa ser seja quem for
ao limite das leis no interior
oportuna opinião ao ser ouvida.
O erro procura uma solução final
nem Deus é perfeito às expectativas
zeladas no querer em todos os dias
nunca é muito a abençoar o principal.
A concretização é tomada por objectivo
num comentário singular desafiador
hesitar só faz perder tempo a entre-por
na velocidade de tamanho aumentativo.




CONSCIÊNCIA


Por mais que sejamos bons
passamos de "bestiais a bestas"
um valor de atitudes impróprias
tonificando os seus tons.

Os amigos tornam-se inimigos
a única pessoa confiante é a tua
a consciência pesa sem culpa
alguém também ganha remorsos.

O tempo é vingador
a suposta vitória é só uma
a palavra dilata no diafragma
ninguém gosta de ser perdedor.

Não podem ouvir e falar
do gelo derretido em água quente
uma parte da vida ficou pendente
lembrar na hora para quando voltar.

Esquecer a parte má por amuleto
rejeitar a hipocrisia da verdade
sentir o mesmo respeito perturbante
libertar a personalidade do poluto.




MAPA


O futuro não me preocupa
o passado é mais doloroso
do futuro nada sei como é o mapa
para prevenir o remorso.

Entender o que posso fazer
sobre a sobrevivência intelectual
agir de forma a entender
as ideias dirigidas em pessoal.

Tenho de quem nunca olhou
um respeito de valor diferente
através do silêncio que gritou
por um olhar atento e penetrante.

A alegria é o resultado de cada um
perseguida pelos antepassados
podendo desaparecer a falta de um
e estar sempre permanecidos.

Dizer porque está vivo na existência
nesta história da vida a elaborar
consoante os motivos e a aparência
desenvolvida na sua frente a passar.

O surgido é a minha preparação
talvez derrote talvez perca
dentro do limite de uma solução
mecanizada em pôr em prática.




DITA


Os filhos dos nossos filhos
vão-se cruzando por entre
a bravura dos antepassados
nos caminhos de tal sorte.

Mundo perigoso de traição
para com a próxima presença
a desdita explica a solução
do carácter que fazes de ameaça.

Ter medo de perder
o que tenho e o que não tive
nesta magia eterna de viver
cada momento comigo esteve.

Memórias que não apagaram
as cicatrizes de um dia
naquilo que todos falaram
e o medo do porquê fazia.

Vitima do fracasso acordo
sobrevivendo pela coragem
sem se esquecer do prestado
a julgar ter como homenagem.




A RETER


Tens essa cara de pessoa
diz quem és e quem foste
só tu sabes o bem que viveste
o teu carácter é a tua coroa.

A tua expressão fala por todos
todo o pormenor é detalhado
o forte olhar nunca é esquecido
no meio de todas as estrelas.

Os dias e as noites
às vezes são trocadas
nas palavras notificadas
com os diálogos retentes.

Modificaste-te num pouco diferente
o medo não te largou
apenas menos no que gritou
nesta vida finalizante.

Talvez a tua presença fique cá
guardada com uma recordação
justa à própria razão
o que fizeste quem esquecerá!




IMPÉRIO MÁGICO


Só penso no presente
deixo para trás as memórias
esquecidas através do frequente
a supor quais são as ideias.

Transformo a vida num puzzle
procuro os verdadeiros encaixes
dos pedaços do meu zelo
abrevio e prolongo as messes.

A vida é feita de satisfações
dos sacrifícios que se tem de fazer
para a vida ser alegre de emoções
querer ter o infinito prazer.

Ficar rico de conhecimentos
pelo meu império intocável
com os imperdoáveis sentimentos
que me faz ser admirável.

Aos momentos por objectivo
em realizar a minha pessoa
tirar fora o comentário relativo
rodar outra perspectiva que soa.

Funcionar a parte psicológica
a fonte de tudo existente
descobrir a chave mágica
para abrir a porta seguinte.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016


MAR DE FRAGRÂNCIAS


Oh mar! Como vais e vens
nesse teu silencioso oceano de resistência
não ouvindo os gritos que nele se escondem,
as lágrimas que desaguam desde a infância.
Dás a ilusão do teu mundo ser maravilhoso
de algas de diferentes cores e peixes
que sobressaem nos magníficos corais formosos
sem ausência da sobrevivência por um ex-
-predador. Ágil mestre viajante com destreza
para com os barcos, seguindo o rumo certo,
incerto temporal que por aí tanto preza
por um regresso a casa com o perigo por perto.
Oh mar! Engoles este teu mundo
silencioso de lágrimas desde a infância,
confuso de quando és sereno ao olhar profundo
de um adulto, sentindo a tua fragrância.


SOPRO LIMADO DE BRISA


    Como tu és fugaz
Sem te ver vento
Quando vens a chegar
Rodopiando por baixo do tecto
Falso para limar as minhas arestas
De ti só sei o teu nome
Das várias pressões
Salientadas de prenome
Ou mesmo escrito por escrivãos,
    Como tu apareces e desapareces
Numa aragem de um sopro
Sentido algures
No peito na cabeça no corpo
Arrepiado da emoção mental
Abrigada no ninho-coco
Em cima da árvore personal,
    Como é que me persegues
Quando vou sem destreza
E me travas aos entes
Próximos da madureza
Por ti são acordados
Sem que não oiço nem vi
Se foi de noite ou de dia
Algum em que não te vi
Quando adormecia.


SENHA


Abstraio todo o ser em mim
para poder ser quem sou eu
chegando até dizer o meu nome por mim
ao lado do vazio ao lado do que encheu
nesta noção do que imagina em seu feitio
sem bandeira apenas de espírito navegante.
Deixo para trás o mau e o preferido
em bom grado para um rápido instante
ao recém-nascido do que ainda sou
e a idade vai esperar até não chegar
no além da fronteira que me ultrapassou
o mais o não ser e o ser da parcela a adicionar.
Independente da idade da época que tenho
para um espaço sem saída
sem perdoar quando a senha
abandona a esperança da memória tatuada.


MISTÉRIO


O que é que fiz quando
não sabia o porquê
cometi algum erro
conta-me essa parte
quando estava a aprender
um novo truque
para me comprometer
aos confusos dias alfaqueques.
O que é que aconteceu
quando tinha nascido
viste o que se sucedeu
nessa data querida
que todos sonhamos requerer-la
de voltar atrás e fazer tudo
como a vida planeava
sobre o medo mudo.
O mistério abre-se lúcido
nos novos dias que recordas
o quanto imaginámos com a fuga
dos segredos ocorridos
oponentes a um aviso
respeitado a quem se destine
precocemente de um alívio
procurando um olhar que se distingue.
O que é que continua
quando eu não existir
transmitem a mensagem da queda
da avalanche a colidir
ao mais rude momento
que o sabemos eternamente
fixo ao pêndulo perfeito
de como será tudo diferente.


MONÓLOGO


As ideias divergem sobre o assunto
concluído de um presente progresso
pelo monólogo extraído do passado.
Defendida a sua posição como pessoa
da sua inocência que não sabia
fazer-se existir nesta saga nacional.
Que mais tens para dizer, que se associa
ao global da história transcendental.
Explicando numa forma convencida
a certeza glorificada pela glória
de um único pensar compartilhado
com pormenores benéficos à autobiografia.
Retratada a personalidade exposta
a um conjunto de reacções bilaterais
de um momento que nunca volta
igual com os mesmos fundamentos liberais.
Por mais que mude o sentido natural
ele tem uma força de comunicar
o que era oculto na imaginação global
transportada com a verdade de avisar.


SUICÍDIOS SILENCIOSOS


As dúvidas suicidam-se automaticamente
e os inteligentes e os menos incendeiam
e reconstroem o contemporâneo para sempre
que está para além da conclusiva resolução.
Todas as conversas e palavras que dizem
perdem-se no ar ou sobrevoam para outros países
e sempre dizem que podia ser melhor ordem
ao olhar em volta e sentir outros podres
que ajudam a renovar as feridas.
As feridas sentem-se mesmo que sejam
num outro corpo aleatório com as porradas
da aproximação nesta propagação
e digo que já não estou prevenido
tremo com o bem-estar que está a ser corrosivo.
É difícil sair à rua e respirar ar puro;
já é difícil com o difícil a ser difícil no cativo.
A parceria social retoma a querer sociável
para não ser atingido pelos deveres do obrigado
e esquecendo os direitos de quando será exclamável
à petição de princípio em que foi jurado.
As opiniões alargam-se na terra dos lamentos
preferindo em ser o simplesmente
erguendo os braços e de cabeça baixa aos pensamentos
da hipocrisia de uma geração que modificou o ausente.
De força para o Mundo inteiro suspenso
com a lei da gravidade sem parte certa para cair
limitado às aparências de um rigor consenso
perante o estatuto que não deixa de se elogiar.


IDA DE DOIS SENTIDOS


Não tenhas medo do futuro
que te reserva, ninguém sabe
o amanhã em troca de dinheiro.
Vive o mais possível que concebe
a tua imaginação, flutua sobre
os problemas que te carregam
procura uma forma da tua obra.
Pedem por ti que tanto veneram
onde tu tens um único poder
acreditares em ti próprio
para que ileso possas sair
nesta batalha campal com reportório.
Ninguém mais te conhece senão tu
nativo coração de mais valia
que te encoraja o mais difícil cru
sem pessoas presentes para te defender o vazio
abandonando esta vida solitária.
"Se não fazes pela vida, a vida não faz por ti".
Esta frase já o meu avô me dizia.
Por isso quero que te levantes e olhes para ali
onde há pessoas que não te pedem dinheiro
pelo tempo roubado que te ajuda a esquecer
as tuas fraquezas tornando a tua vida em 1º.
Explosão eminente que abraça este ser
até ao ultimo estrondo silencioso
sem notar de onde veio; realizasse
esse teu eco imortalizado que tu fizeste esquecer
na ida de dois sentidos que presenciasse.


CAMPAINHA DE LUZES


Mostra-me uma satisfação por este tempo
que não envelhece numa idade concreta
de uma noção prometida que relata
a breve história quando era pequeno.
Abre as portas do inferno e do céu
vai às profundezas livres de concentração
pisa a linha do risco que demarca a posição
rebaixa-te e salta nas partes altas de um ateu.
Constrói um castelo para governares
a tua solidão que não anda sozinha
nos confrontos por uma campainha
que te chama nestes jogos de luzes.
Caminho paralelo na tua vida objectiva
do que é e não é. Às vezes acabo por perder
a vitória que consigo ganhar no fim a querer
dar a volta a um mal entendido que retiravas
por certo. Nunca se perde duas vezes num só jogo
em que se atira sem conhecer o adversário
joga o que tens para mim joga sem árbitro
vamos lá demarcar as precipitações do abrigo.
Todos os dias respondo a uma pergunta
que faço em mim. Os fundamentos são os mesmos
que cura a minha mente o meu ego dos pensamentos
em que penso repetidamente o que era sem esta pauta.
Saber o valor e não imaginar o que há no teu olhar
das formas invisíveis das coisas para onde olho
penetrar na tua analogia em que sobreponho
sem ideia nítida da tua lógica de amar.


ÂNSIA POÉTICA


A poesia reina-me nas palavras
dando liberdade, emoções,
abrindo o passado que relembra
gestos, pormenores de convicções.
Nesta estrada que às vezes é negra
por simplesmente não havendo ninguém
que ilumine esta solidão elegia
transportado pelo olhar desdém.
Vida solitária que tanto procuras
o que a ti igual a ti na maioria
do entendimento, convencendo os contras
que habitam na tua vida solitária.
Dás-me esta alegria de como serei eu
perante ti, esquecendo amarguras,
camuflando as feridas da alegria que retrocedeu
à grande união fortificada de conjunturas.
Serei forte por esta poesia humana
abrindo-se no horizonte sobre a flexibilidade.
Envolto de mim tudo cede a estima
abrangendo pormenores com a realidade
de uma vivacidade que a compreendo
de forma de atenção, só pela presença
falando comigo como de ti fosse ocorrido;
dás-me esta força de caminhar nesta ânsia.


POR CENTO


Acabo a noite com os feixes das luzes
a embater em mim com a música a gritar
na mão uma cerveja de três goles
olhando as pessoas em câmara lenta a passar.
No outro dia tento lembrar pelo que fiz
no meio das gargalhadas com os amigos
e assim passei-te a conhecer ao juiz
lembrando os dias que estivemos todos.
As noites eram tão sóbrias que não tinham sono
pura fantasia sem a necessidade de sonhar
dizer olá quando acordo para outro turno
em querer ser grande para poder falar.
As caras eram sujas a dançar com a fogueira
destilar o álcool com uma careta
e sorrir com ela para um amigo que repara
em outra coisa qualquer na malta.
Restaurar uma personalidade existente
separada pela vida que nunca viveu
soltar a timidez para o meio do medo
gostar de mim, e, de ti mesmo, de regresso.
Pela manhã acordo e sinto que existo
no silêncio de uma boca calada temporária
estando sempre lá e depois não existo
falando de um sonho temporário.
Sempre disseste que sim aos nãos
numa afirmação solene às dúvidas
durante um dia desconhecido porque não
vens para outra morada onde amas.
Sonhei ter uma casa deste tamanho
para me sentir eu próprio quando estou só
a pensar, a pensar, imortalizado
de alegria por existires quando estavas só.
E se não vieres vais dizer que não
a toda a fantasia sonhada até ao fim
do fogo a apagar da explosão de um canhão
separando o fuzile das saudades do camarim.
Onde tudo, é preparado na terra do palco
conseguindo e fazendo a personalidade
sem sargento nem capitão apenas uma voz de eco
no princípio do fim da estrada da finalidade.
Tem cuidado que o outro lado fica ao lado
a noite é curta e o dia é tudo isso
quero te dizer as horas, quero te dizer tudo,
aceita-rejeita que te leva a isso.
Todos os dias virão e vais dizer apenas
"estou a ficar velho" a alguém especial
ao teu lado pronto a ouvir as tuas palavras
bebendo um copo para empurrar a saliva emocional.
Não olhes os problemas, olha as recordações
pela falta de alguém que podia estar cá hoje
a sorrir-te nesta partida da vida de lições
procura o teu espírito por cá estás hoje.
Vamos gritar a alguém que nos oiça
no transparente, no findar dos anos
a ver-te esquecido e velho não havendo mudança
só nos resta esperar que tudo só foi sonhos.
Este é o último tempo que nos resta
o primeiro momento do que ainda não foi feito
pelo o presente confiante da próxima porta
dentro no labirinto abstracto nunca antes derrotado.
Decora os caminhos que os cruza
faz-te sentir imponente perante a ti mesmo
quando estás só nesta cruzada
que simplesmente te fez ser unido no extremo.


SOMBRAS


Guardo as fotografias alegres
dentro da memória repentina
de um passar dilatado dos prazeres
que faz esquecer a febre maligna.
E tu estás lá parado imóvel
a olhar para mim com um ar
descontraído eterno ao laurel.
Recordo o que tive e deixei ganhar
o que tive e deixei perder
na sombra do passado ausente.
São as fotografias que faz arder
o passado forte até hoje
estando sempre presente para o além
e regressa com as mesmas palavras
sendo sempre o mesmo também.
Os únicos que anseiam em saber as sílabas
das palavras que querem dizer decore
ali recordados para com a mesma idade
de uma sombra reproduzida de amor.
Sorrio com as mudanças da personalidade
e sinto que cresci com alegrias e tristezas
da suposta vida cor-de-rosa
dialogando com a rua nas travessas
de corpo e sem voz cuidadosa.
Agora tenho um nome para alguém
que não sabia o meu próprio nome
perdido na multidão de alguém
concretizando o vácuo para o sublime.


ESPELHO CONSCIENTE


Que movimentos actuam
quando estou parado a olhar
para o silêncio perpetuado
com o rasto orientador a passar.
Alertando os sonhos adormecidos
para a liberdade esquecida
dirigida aos nossos senhores
o alento de continuar a revolta.
Quando não oiço palavras minhas
o que diriam a esta sociedade
paralisada de hipocrisia
escondida na imaginação pendente.
O que surge depois de terminar
a investigação que estive presente
livre de todo o vírus a gerar
sobre um assunto fixado no consciente.
Fiz isto, diz a minha memória;
nem acredito, diz o meu orgulho.
Reparo em mim a falar solitário
com o sucesso em frente ao espelho.
E assim digo qual a sombra que odeio
rescrita para um papel liso em branco
dizendo constantemente sem paleio
para uma esquecida memória com calo.


APROXIMAÇÃO


Quando a sabedoria existe
o pensamento transmite
dentro do círculo sem princípio nem fim
com um nome que o chama por fim
à sua robustez para ignorar a fraqueza
quebrando o silêncio de uma velha reza
pela força de saber-se existir.
A sombra solitária foge para aonde ir
com os relevos da vida tracejada
por um destino difícil de conquistar a beijada
às oportunidades de dentro do meu corpo
que se aquece de alegrias por tanto sofrimento.
Triunfo o brasão submetido à influência
de uma evolução concluída pela existência
com a inteligência que caminha por entre labirintos
ocultando o grande tesouro dos lamentos
escutando a lógica de pensar que era
uma nova conversa perceptível de uma espera.
Depósitos de mudanças por entre a idade
suportam a realidade de ser a formalidade
com a mesma cultura desigual por entre todos
na área limitada da concordância dos mesmos argumentos
soletrados com a aproximação de uma imagem
para reviver a actuação de um épico que se esquecem.
Somos a dimensão que mais respira
sugamos uma questão que cai por terra.
Elevamos uma novidade connosco para a imaginação
que continuamos a ser a modéstia comparação
ao original controverso de uma memória viva
vivendo a oportunidade que segurava
dentro da jaula da ignorância
que insiste lembrar pelo que foi para a aparência.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016


O RUMO DA ESPADA


Os sonhos silenciam-se no concreto
por entre o negro da noite
num suspiro de inquietação prolongada
pelas forças que me faz unir fortemente
a uma identidade elevada repartida
ao ser continuadamente.
Pela manhã, vejo os pássaros a cantar
oiço o dia a alvorecer para a rotina
o ar fresco a bater na cara com o Sol a abrasar
os barcos de regresso à marina.
São estes os sonhos que estão a assobiar
aos meus ouvidos com assobios de platina.
As fronteiras retratam actos que não estão
ao alcance nesta terra silenciosa
iluminada de protecções do Guardião
a combater a vitória vitoriosa
fantasiada para a grande planície de extensão
com uma bandeira branca sedosa.
Relembrar o dia solteiro de um ponteiro
com uma maneira esquecida de pronunciar o alento
aonde ele nasceu sem procura nem demora
quando me dizia o que era predilecto
ao olhar desviado de uma toupeira
num labirinto surrealista infinito.
De momento deparo num paraíso barato
a visitar uma tortura antepassada
transformada num local para monumento
imaginando como mudou o rumo da espada
de repente vem uma memória de espanto
modificando a imagem fantasma frisada.


ÂNCORA PESADA


Os oceanos caminham no silêncio
nas estradas desertas, as estrelas
cintilam sobre o que não se vê
rompendo a seiva inosita do inóxio
expelindo toda a fúria das paralelas
sufocadas com a maresia sem o "si".
As trevas escondem-se à vista
na impiedosa imaginação quando imagina
coisas que não sabe explicar
apavorando a alegria inspiradora subjugada
na permanente afirmação contínua
servindo de acentuação para falar.
Sofro por um amor desconhecido
que desejo conhecer pessoalmente
e dar-lhe as Boas-Vindas com perguntas
para sair da ilusão sem ser esperado
na transformação das incógnitas em preeminente
sobre as dúvidas existentes devotas.
Os tormentos expele com a idade
sobre os navios da conquista que se afundam
com a âncora solta ao fundo
solta o grito de aviso à realidade
e diz ao trono o que lhes agradam
para o antídoto do Capitólio.
Segue a nascente da água, devagar,
com a força dela própria
sem te perderes no duro leito
mas sim evaporar o excesso a pesar
de uma viagem do além e sempre voltaria
recordar a vivacidade de um aperto.
Voa com as nuvens da fantasia
e experimenta outras tempestades
sob o disfarce de uma gota
para o destino da cortesia
no dissolver por entre as raízes
esquecidas no selvagem que brota.

VENCÍVEL


O passado fez-me ser também
não servindo agora para lutar
contra os ataques que olho ao luar
aceitando as mudanças que requerem
em ser o que nunca fui no passado
sem o escudo protector para a ilusão
enfrentar uma vitória com o nada nas mãos.
Uma presença ilumina uma imagem a preto e branco
salvo-guardando as memórias que resta
como ninguém as teve por alguém especial.
Estou sempre a lutar por algo frontal
contra a confidência que desperta
o desconhecido que nunca usei
com a sombra enevoada diante dos olhos
fazendo as despedidas com sorrisos
e, depois; a frustração de uma feliz liberdade
olhada nos olhos sem perdão nem piedade.
Cativo a sobrevivência do meu sonho
que finda com o tempo de um velho amigo
fiel às programações que encara
com o Sol e a Lua quando se encontram
no sítio isolado com o mais difícil.
Sou livre num espaço limitado ao azul
que me ressuscita a alma perdida em vão
nos negros dias que não consegui largar a pele
pela estranha história da incerteza
de aguentar com tudo que cai de firmeza
nos ombros desarmados à fortalidade
com o sofrimento inesperado sem experiência
quando tudo é novo ao acordar
imaginando os anos a crescer para relembrar
o passado que surgiu de uma infância.


CAPITÃES


Certos dias tenho receio de conhecer-me
a ideia do demais a cada hora a cada instante
no interior clandestino requerendo-me
uma voz um pensamento constante
para a mudança de um novo ritmo
crescente. Ânimo de continuar a lutar
por um espaço paralelo ao meu estimo
actual que se questiona na frase a declamar
ao decrépito tempo soado no desenrolar da época
mantido em segredo reservado. Todo o tempo
fortaliza as medidas de ensinar a táctica
de saber viver ultrapassando o problema endossado
sobre a consciência de uma cidade de Portugal
descendente de comunidades aldeãs
evoluindo sobre a manobra da reacção no plural
comandada pelos nossos capitães.
Decidimos quem nos decide escolher a escolha
por um aglomerado de comparações ao meu ver
de serem vira-casacas no decorrer de uma falha
nesta difícil fase confiante até ao anoitecer.
Chama ardente que se alimenta de oxigénio
observa como o clima muda nas paragens
de um relógio que ninguém notou o segundo primogénito
da formação do Mundo. Ele te dizia se o ensinasses
a falar sobre a importância da existência secundária
no benefício para o Mundo que nos rodeia florido
deixando o seu aroma libertar a sua euforia
abraçando-nos com a eternidade de um bailado.


ISOLADA TEMPESTADE


Quantas armas em forma de pessoas
é preciso para acabar o princípio de uma guerra
separando a morte do seu local que enterra
levando as orações de uma "Boa Nova"
Quantos desertos tens que caminhar
até ao oásis paradisíaco sem palavras
os nomes dos povos dissolvem-se em forma de mapa
nas tempestades de areia ao luar
Quantas alvoradas despertam para com a idade
na isolada cicatriz das garras do momento
glorificada de mágoa salientada pelo o medo
começando o tempo de uma lógica de piedade
Quantas vezes tens que defender o país
nas masmorras da estranha presença
"déjà vu" insondável que adiciona uma parcela
ninguém sabe o verdadeiro derrotado  a matriz
Quantas horas vais olhar para o céu
sem fingir um desejo que abdicas ao teu ser
o sistema Terra gira em volta da presença sem saber
a vontade de sonhar por uma imagem
Quantas mais quantos se juntam
com a formação de uma pátria livre
escavando vários túneis que se cruzam
como uma toupeira se sente no contraste.


ÍDOLO ALEGÓRICO


A tua alma ficou na Terra
que recordam permanentemente
como ainda eras se existisses agora.
Os sorrisos são alegóricos ao fole
soprando em nós activando a tua chama
revolucionária interrogativa.
Criaste a tua pessoa magnânima
no desenrolar da mudança iniciada
aperfeiçoada com excessos comunicativos
apelando à fúria consciente.
Complementada pela visão de criativos
sobre imagens alucinantes
que só tu tinhas sem importância.
Hoje és um ídolo que tanto procuram
homenageando a acção de refulgência
de uma liberdade criadora de veneração.
Este conceito pode modificar-se
ao reviver em tempos diferentes
as tuas ideias nunca serão equivalentes
com o mesmo impacto sobre as sociedades.
Será seguro a vida própria
que nos é como único testemunho;
Será seguro o descanso eterno
que nos é dado como sagrado?


TEMPO


Os dias de ontem são os de hoje
mudando o passado de muitos dias de ontem
escuto e sobressaio para o futuro de ontem
que faz parecer os dias todos que é hoje
tornando-se por recriação própria passado.
Para onde vai o Sol e a Lua no seu final
fugindo ao seu misterioso olhar parcial
talvez as nuvens também nascem por perto
e longe da genética sendo um ser vivo
mortal das tempestades tropicais dos vivos.
Continuo a contar os anos e em que ano somos vivos
e todo o tempo morre e deixa continuar vivo.
Por volta deste dia num ano diferente
as ondas do mar eram paralíticas`
à desconhecida força das forças
de um morto orgânico perfazendo cinco continentes.
Que horas são no planeta Universal
na vela de um barco no meio do mar
pisando a areia que aponto para o ar
e calculo o tempo que chegamos ao Sol.
O Mundo continua vivo com a nossa morte
para dizer ao tempo que apodreça
mudo e mórbido com a ameaça
de um ponteiro da tempestade.
Um dia troco o testemunho para outro
século no espelho reflectido que faz fogo
sobre a última imagem do antigo
à espera de um espaço no ouro rubro.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


PERFEIÇÃO


As brocas perfuram
quarenta centímetros
os carros andam
trezentos quilómetros,
as pessoas andam, andam.

Somos invisíveis
neste mundo imaginativo
são visíveis
neste mundo corrupto
apenas são ou somos,
imagináveis ou com um posto apto.


PARTITIVIDADE


Será que o Mundo seria
mais verdadeiro com a máquina
da verdade, que socorria
os males de cada esquina?

Alheio ao meu orgulho
transportado para o
psicológico de um espelho
reflectindo o modo de ser o...

Será que o Mundo seria
mais bárbaro se não existisse
progresso no desencadear das eras,
que cai no motivo que perece?

Desorientado como agulha de bússola
magnetizada no meio da multidão
de mente diluída
no espectáculo de abstracta solidão.

Será um Mundo de realidade
virtual da mentira e da verdade
reinada como logótipo de solidariedade
nas eleições da partitividade.


UM SONHO, DOIS PESADELOS


Olhei para o horizonte
escutando a cascata,
o vento que passa nas árvores,
o cantarolar da passarada.

Deitado na relva
a saborear uma tal melodia
que me eleva
num sonho que percorria.

Percorria
até não acordar,
percorria
até o Homem não se clarificar.

Sonhas com a grade,
com os afluentes negros,
com um mar de crude,
com um céu aberto,
com um oxigénio repugnante,
com uma crueldade aberta.

A Terra pertence-te?
Qual a razão para merecer-te?
Talvez seja o dinheiro que A converte?
Ou a beleza amarga-te?


A COR DO MUNDO


Amigo fiel,
és o dono de tudo
o único Natural
que alimenta, a Ti e aos outros.

Tuas lágrimas
que caiem
em forma de carisma
dando vida aos que sobrevivem.

Os teus azuis,
o desejo da arte
obscura, dos teus finais,
a futura arte.

Teu verde
permanece a esperança
do fogo que arde
em volta da nossa herança.

Vamos partir
das partes a acastanhado
vamos subir
para o ar empestado
que nos é dado
sem um único
contrato para o infinito.


UM, DOIS, TRÊS, QUATRO


Primavera, Verão,
Outono, Inverno.

Primavera simboliza
toda a juventude
que te vitaliza
na tua virtude.

Verão excede
o azul do teu aroma
que converte
na amargura.

Outono, a Natureza morta
renovando a camuflagem
velha em nova,
o meio ambiente com a sua reciclagem.

Inverno é a revolução
de todos os componentes
do Mundo desta geração
dando vida ao último sobrevivente.


ILUSÕES DA VIDA


A Natureza tem coisas que nos impressionam,
e também, por vezes nos iludem.
Porquê é que ignoram as suas formas de compreensão
e o seu comportamento.

Há milhões de anos
existiam seres vivos
que respiravam dióxido de carbono
e habitavam nos pântanos.

Começaram a modificar
devido ao ambiente que lhes rodeavam,
os alimentos de que eles iam a necessitar,
como também, a sua reprodução.

Alguns seres vivos, tornaram-se mais grandes,
outros extintos, outras espécies com semelhanças às anteriores,
e a surgir novas espécies.
Uma delas foram, os dinossauros,
que esses ficaram extintos por um esteróide
que colidiu com o planeta Terra.
Durante uns dias não apareceu a Lua nem o Sol,
(quase) tudo tinha morrido e apenas havia água.

Outra vez, começaram as modificações,
o mar começou a mexer-se e a ter oxigénio,
o afastamento dos continentes,
o aparecimento de mais vida no sistema ecológico.

Mais ou menos, os seres vivos que habitavam na Terra,
a contar com o Homem, o homem primitivo,
que habitava nas cavernas
e alimentava-se da selva primitiva.

Com o seu desenvolvimento, físico e mental,
foi criando a sua protecção e a sobrevivência
no mundo em que ele vivia, vegetal e animal.
Como também nas outras espécies existe o bem e o mal.

O Homem quis dominar a Terra
mas só, com uma determinação
extrair a riqueza da Terra
e construir mais indústrias para a sua comercialização.

O que eu penso disto tudo,
é que, não sei, se devo acreditar no Homem
em que me dizem, que é um Deus disto tudo,
ou se devo, acreditar na Natureza, que sempre me disseram que era uma miragem.


REPARTINTERROGAÇÃO


Porquê é que levam
as pessoas que tanto gosto
e as outras que tanto gostam,
desde a idade de garoto?.

Não acredito nos milagres
que curam os desgostos da vida
trazendo tantos dissabores
na interrogação desconhecida.

Ambientalizados, hipnotizados,
ao culto de uma reunião
infringindo mandamentos
escritos para o cristão.

Adeus cruel Mundo?! "Estas" pessoas
não me mudam de opinião
em relação ao amor que Ele "doa"
no benefício do superior barão.


HERÓIS


Acabou-se a festa
do fogo de artifício
que manifesta
de um princípio.

Limpam as ruas
manchadas de pólvora,
cobrem os rostos
de mágoa, outros de glória.

Tanta homenagem
a uma guerra
com a grande lavagem
do bobo da era.

Veteranos, conquistadores
de uma pátria passiva
impoluto impulsor
da arte progressiva.


CENSURADO


Como posso...
falar de amor
dentro desta guerra, após
um funeral de terror.

Nada muda a maneira de ser
mesmo liberto do fascismo,
pelos ecos que continuam parecer
na injustiça do sofrimento.

Deixando complexos, traumas,
de uma juventude ameaçada
pelos cravos das guerras
caídos na alçada.

Como podem esquecer
o passado em que obrigaram
a fugir ao tempo que fazia enriquecer
as fantasias dos sonhos, que controlaram.

Escondidos no livro preto
recordações e traumas
por uma medalha presente
que glorificam para com os filhos.

Recordando momentos vividos
numa linguagem unilateral
pelos decorrentes anos
em que o Mundo torna-se real.


VIDAS VIRTUAIS


Realizar-me-ei na mais profana
sociedade em que iludo...
Quando futuras ideias
se masturbam com os planos?.

Como vou criar um mundo
de leis para comigo mesmo,
sem lutas no olhar absurdo,
fantasiado pelo o Jerry, como?

Vejo imagens reais,
recordo imagens reais,
esqueço imagens reais,
morro em imagens reais.

Sinto-me ausente nas frustrações
sem poder fazer nada pelas recordações
angustiadas nos diferentes brasões;
tornados como irmãos.

Nascido com a doença sociedade
sem vacina que não prolongue
a duração de um tempo decadente
nas formas naturológicas de um monge.

Executados no campo de concentração
os dias são assim
amortizados de geração em geração
deixando ninguém confim.


DELINQUENTES


Não tinha amor no sítio que vivia,
fez as malas e procurou outro lugar.
Pensando na dor, que nunca lhe alivia,
fez-se à vida sem hesitar.

Mas foi tudo uma ilusão
a sua casa era a rua,
a sua companhia um cão,
em que ele desabafava a fúria.

Pedindo esmola para comer,
recebia olhares desconfiados,
como se não tivesse razão para viver,
até, ao aproximar-se um desconhecido.

Fez-lhe perguntas ambiciosas,
e, ele respondia-lhe com sorrisos,
sonhando com o caminho que procurava,
era outro passo, outro risco.

Por sorte, encontrou o caminho,
sentia-se com uma grande felicidade
de uma mão que lhe deu carinho,
que lhe transformou o sonho em realidade.

Saindo da sobrevivência da rua,
conseguiu criar um novo futuro,
para uma pátria futura
que lhes tinha caído no esquecimento.